As juras eternas feitas
por ambos, o voto de fidelidade onde sempre iriam escrever e o outro sempre
iria ler. Um matrimônio esfacelando-se a cada obra literária não lida ou não escrita.
Poemas que viram pequenos versos para acompanhar a praticidade do inicio desse
século. Até as frases de para-choques de caminhão deram lugar a cutucadas, “algumas
cantadas nunca foram tão baratas”. São poucos dedos que ainda foleiam livros, já
não eram muitos, e veja lá, agora podendo da um clique e ir para pagina
seguinte. Desse jeito só encontraremos livros em sebos, isso se não encontrarem
uma forma de virtualizarem até os sebos. È logico que depois do advento da
internet por ex: possibilitou que esse texto fosse lido, se é que outros olhos
além dos meus lerão. Surgiram novos escritores, que antes não teriam a mínima
condição de existirem, e outros tantos anônimos que esperaram a oportunidade
que as editoras não os deram, e só encontraram de certa forma na internet. E ao
mesmo tempo outros deixaram de existir, não vendem mais como antes, se é que algum
dia nesse País ser escritor foi uma profissão bem remunerada, a não ser aqueles
que escrevem auto ajuda. A língua portuguesa nunca foi tão empobrecida, agora é
tão fácil editar o mesmo texto muitas vezes depois de ser postado, que a
preocupação em estarem corretos não é mas a mesma, “se eu escrevi algo de
errado depois eu corrijo” é tão pratico as breves conversas serem ainda mais
abreviadas, os internautas modernizaram o código Morse. O pior que até os blogs
estão sendo abandonados, estão resumindo-se em 140 caracteres. Não é mesmo necessário
mais do que 140 caracteres nos dias de hoje. Ainda há letras, palavras, frases,
textos, até mesmo os erros ortográficos, e principalmente as mãos que traduzem
pensamentos e sentimentos que resiste em divorciar.
Por:Leandro Medeiros Santos.